Por Mellanie Hasimoto
Exposição do artista durante o Manaus Comic Con |
Agora, premiado com um dos troféus mais importantes dos quadrinhos brasileiros pelo trabalho que realizou junto aos estúdios de Maurício de Souza (sim, o pai da Mônica), Romahs almeja mais - mas sem nem pensar em abandonar seu Estado. Talento e sorte O talento andou ao lado da sorte na carreira de Romahs. Apesar de ter estudado arte em liceus e oficinas de artistas veteranos e ter feito faculdade de Artes na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o cartunista aprendeu o básico “no braço”, desenvolvendo seu talento natural sozinho. “Cartum, em Manaus, era uma arte que se aprende na pratica, vendo como faz, tentando fazer igual”, ressaltou. Tanta persistência levou o cartunista parintinense a bater de porta em porta, até conseguir um emprego em periódico. “Jornal é o principal veículo para quem quer crescer nessa área. Eu fazia faculdade quando soube que teria um jornal novo na cidade. Os outros jornais já estavam estabelecidos, e não tinham vaga. Fui lá e entreguei meu portfólio bem na hora que o cartunista estava pedindo demissão”, lembra.
Quem avaliou seu trabalho foi Deocleciano Bentes (irmão do autor Márcio Souza). “Ele, até hoje, acha que eu estava mancomunado com o outro cartunista”, riu. Projetos A cada dia ganhando mais notoriedade e espaço por conta do trabalho de roteirista de Maurício de Souza, Romahs - que participou do projeto MSP +50, trabalho no qual 50 cartunistas de todo o Brasil puderam desenhar a turminha da dentuça com seus próprios traços, e pelo qual ganhou o troféu no HQ Mix - será um dos poucos a voltar a trabalhar na edição do ano que vem do MSP. “No +50, fui convidado a participar para representar o Amazonas. No quarto livro, somente os funcionários do estúdio é que vão participar - e agora eu sou um deles”, afirmou, orgulhoso. Ele já tem mais de uma dezena de historinhas escritas, além de projetos pessoais em andamento. Entretanto, Romahs acredita que não precisa sair do Amazonas para continuar a fazer seu trabalho.
“Qual artista nunca escutou ‘cara, você é muito bom, por que ainda está aqui em Manaus?’”, disse. “Mas faço não faço questão de sair daqui.
Tem roteirista escrevendo pro Maurício do interior de Minas Gerais, tem nordestino desenhando pra Marvel que nunca tirou o pé da sua cidadezinha... Até o maior roteirista de todos, que é o inglês Alan Moore, ninguém consegue tirá-lo lá da de Northampton, uma cidadezinha inglesa, por que vou sair de Manaus?”, finalizou.
Postado originalmente no site do jornal A Crítica
Postado originalmente no site do jornal A Crítica
Nenhum comentário:
Postar um comentário