sábado, 17 de setembro de 2011

Justice League é o Quadrinho Mais Vendido do Ano

A primeira edição de "Justice League", publicada pela editora DC, vendeu mais de 200 mil cópias nos EUA.
Já era esperado que a HQ, publicada em 31 de agosto ao preço unitário de US$ 3,99, se saísse bem nas lojas especializadas (nos EUA, gibis não costumam ser negociados em bancas de jornal). Mas os números divulgados pela editora, atribuídos à distribuidora Diamond, surpreenderam o mercado e criaram boas expectativas para os próximos levantamentos. As vendas de "Justice League" são um ponto fora da curva em um mercado que já não atingia mais a marca dos 100 mil exemplares por gibi, nos EUA. Por outro lado, não são um evento inexplicável. A DC criou burburinho neste ano ao anunciar que voltaria seus principais títulos --incluindo os de Batman e Superman-- para suas edições número um. Ou seja, recomeçaram as histórias dos super-heróis, revendo acontecimentos dos últimos anos. A ação, por si, já atraiu leitores. A ideia de colecionar a primeira edição de um título, também. Pese, ainda, o investimento da editora para esses gibis: por exemplo, "Justice League" foi escrito por Geoff Johns e Jim Lee, dois figurões. 


Assim, fica justificado o abismo aberto entre as vendas desse gibi e as do segundo colocado no mês de agosto, "Flashpoint" (94 mil). A primeira tiragem de "Justice League" esgotou em horas. A segunda, em menos de um dia. Está na terceira. A DC está relançando 52 de seus títulos. Diversos deles, publicados nas duas primeiras semanas de setembro, também devem animar o mercado quando o levantamento do mês for feito. Já se sabe que as tiragens de vários desses gibis está esgotada. Como se refere à venda dos gibis às lojas, e não aos consumidores, estimativa divulgada não inclui encalhes. Apesar de ser o herói das vendagens deste ano, o gibi "Justice League" não vai constar dos recordes dessa indústria, principalmente se comparado a tempos áureos. Para comparação, em 1991, uma edição de "X-Men" também desenhada por Jim Lee estabeleceu marco mais alto: 8 milhões de cópias.


Na época, o desenhista dividiu opiniões: é foi considerado tanto o desenhista ideal para gibis de super-heróis quanto um símbolo da degradação do gênero no início dos anos 90. O fato é que, a exemplo do que ocorre com qualquer artista inovador, seu estilo foi copiado exaustivamente até se tornar lugar-comum. Como garantia de sucesso fácil, heróis mal-encarados, mulheres sensuais de proporções improváveis em trajes sumários e cenas de ação constante predominaram em histórias cujo roteiro era apenas desculpa para a próxima seqüência de pin-ups. 


Fonte: site da Folha

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