sexta-feira, 21 de maio de 2010

Amazon, Apple e Google Brigam por Mercado de Livros Digitais

Os primeiros processadores de texto foram recebidos com nariz torcido pelos programadores.Um engenho tão nobre e poderoso como o computador, fingindo ser uma reles máquina de escrever..? 
Não obstante, afora os usos comerciais e científicos, o PC virou máquina de guardar, arrumar e recuperar textos, afinal lidamos mais com palavras do que com números. Como a tecnologia não parou de avançar, acelerou a migração de dados para as suas entranhas. Por que não os livros? O cerco foi se apertando. Hoje quase tudo já é digital.
Para os livreiros, uma assombração. Guardaram na gaveta projetos de livros digitais. Mesmo perdendo rios de dinheiro em xérox não autorizadas, a retranca persistiu. Havia lógica. Quem tinha dinheiro para ter computador preferia comprar o livro. Quem não tinha dinheiro para livro tampouco o tinha para computador. Mas o mundo não parou. Hoje os computadores são mais baratos é há mais universitários de baixa renda. O enredo se parece com o das gravadoras de música, invadidas pela pirataria, mas salvas pelos 10 bilhões de músicas vendidas pela Apple Store. Nos livros, a pirataria também é fácil. Por 10 dólares se escaneia um livro na China, e é incontrolável a venda de cópias digitais piratas.
Nesse panorama lúgubre para os donos de editora, entram em cena dois gigantes com vasta experiência em vender pela internet. A Amazon lança o Kindle , e oferece por 10 dólares qualquer um dos seus 500 000 títulos digitais e mais 1,8 milhão de graça (obras de domínio público). Metade das suas vendas já é na versão digital. A Apple lançou o iPad (que faz mais gracinhas que o Kindle), vendendo 1 milhão de unidades no primeiro mês do lançamento. Outros leitores já estão no mercado. O Google pretende vender os seus livros digitais muito em breve, e já é possível conhecer os títulos disponíveis em uma
ferramenta de busca já existente.
É questão de tempo para pipocarem nos camelôs as cópias chinesas de e-readers. E, já sabemos, os modelos caboclos estão por aparecer. Quem já está usando - com o aval dos oftalmologistas - garante que não é sacrifício ler um livro nessas engenhocas. As tripas do Kindle e do seu primo iPad engolem mais de 1 000, substituindo vários caixotes de livros.
Além de toda a pesquisa tecnológica envolvida, as empresas tem travado uma batalha entre si para manter as editoras o mais próximo possível e o mais distante da concorrência. Maiores margens de lucro, melhor divulgação e mais aplicativos disponíveis pelo e-reader são alguns dos atrativos os quais a Amazon e a Apple tem lançado mão.
Ambos os aparelhos tem suas vantagens e desvantagens:
*O Kindle tem uma imagem mais séria e neutra, ótima para quem quer ser discreto; não "cansa a vista" já que sua tela não emite luz, porém não permite a leitura em ambientes escuros; é compatível com Windows e MacOS X, o que permite a compra de livros em fontes variadas; o seu desenvolvimento ainda é recente, então espera-se que novos aplicativos sejam criados, mas, por enquanto, ainda é só um reader (isso significa sem calculadora, jogos, música... essas coisas que os usuários de aparelhos tecnólogicos estão acostumados).
*O iPad lembra muito um celular (claro que em uma versão maior); permite a leitura no escuro, o que é desaconselhado por oftalmologistas; possui vários aplicativos conhecidos dos usuários da Apple, já acostumados às peripécias da empresa, como bússola, GPS, Wi-Fi, Bluetooth... mas só permite a compra de livros em iPads, iPhones e iPods Touch por meio da App Store.
Existem entusiastas em ambos os lados, cabe a cada consumidor saber a que plataforma irá recorrer para aproveitar cada momento de leitura dos seus livros prediletos no melhor estilo Hi-Tech.






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Postado por Sarah Gabriela

Um comentário:

  1. uma postagem tão boa dessas sem nenhum comentário chega a machucar os olhos
    bjmeliga

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