sábado, 23 de outubro de 2010

Little Nemo, em breve no Brasil

A Companhia das Letras vai publicar um clássico dos quadrinhos inédito no Brasil.
Criado por Winsor McCay (1871-1934) foi publicação original de 1905 a 1914, com o título de Little Nemo in Slumberland, no jornal New York Herald. Mais tarde, aconteceu um breve retorno de 1924 a 1927, mudando o nome para In the land of Wonderful Dreams, então no jornal New York American.
Embora fosse história em quadrinhos, estava longe de ser uma simples fantasia para crianças; com frequência, era sombria, surreal, ameaçadora e mesmo violenta. A tira narrava os sonhos de um garotinho: Nemo (que significa "ninguém" em latim), o herói. O último quadro de cada tira sempre representava Nemo acordando, geralmente sobre a cama ou perto dela, e frequentemente sendo repreendido (ou consolado) por um dos adultos da casa, depois de gritar durante o sono e acordá-los. Nas primeiras tiras, o evento no sonho que o acordava era sempre um contratempo ou desastre que parecia prestes a levá-lo a se machucar gravemente ou mesmo morrer, tal como ser esmagado por um cogumelo gigante, ser transformado em macaco, cair de uma ponte mantida por "escravos" ou passar subitamente a ter 90 anos de idade. As aventuras que levavam a estes desastres tinham todas um propósito em comum: chegar à Slumberland, onde ele havia sido chamado pelo rei "Morphy" Morpheus, para ser o "coleguinha de folguedos" de sua filha, a princesa Camille.
Certos episódios da tira são particularmente famosos. Qualquer lista desse tipo deve incluir Night of the Living Houses (da qual foi dita ser a primeira história em quadrinhos a ser incorporada à coleção do Louvre) ondee Nemo e um amigo são caçados pelas ruas de uma cidade por uma gangue de casas com pernas; a Walking Bed, onde Nemo e Flip passeiam sobre telhados a cavaleiro da cama de Nemo, cujas pernas crescem cada vez mais; e a sequência do Befuddle Hall, onde Nemo e seus amigos tentam achar a saída de um caótico ambiente de parque de diversões.
A maestria da perspectiva de McCay e a extrema elegância de seus traços, tornam suas visões graficamente impressionantes. Os diálogos excêntricos são enunciados com uma impassibilidade onírica, e frequentemente parecem ter sido apressadamente comprimidos em pequenos balões que mal podem contê-los. Uma frase típica: "Whoever named this place Befuddle Hall knew his business! I am certainly befuddled" ("quem quer que tenha chamado este lugar de Hall da Confusão sabia do que falava! Eu, com certeza estou confuso").
Segundo o editor da Quadrinhos na Cia das Letras, André Conti, a edição nacional chega em 2011, trazendo a série na íntegra pela primeira vez.
Embora seja domínio público, é um projeto complicado, pois há a questão dos arquivos, de onde digitalizar ou se compramos alguma edição estrangeira que já tenha tratado as imagens.


Para saber mais consulte o tópico da Wikipedia.

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