domingo, 8 de janeiro de 2012

Tolkien e o Nobel

O escritor J.R.R. Tolkien, autor da série "O Senhor dos Anéis", foi esnobado pelos jurados do prêmio Nobel 
A “prosa fraca” do livro O senhor dos anéis custou a J.R.R. Tolkien o prêmio Nobel de literatura 1961, quando o autor CS Lewis (de "As Crônicas de Nárnia" ) tentou indicá-lo para o prêmio, mas o júri do Nobel disse que "o resultado não se comparava às ficções de boa qualidade". O jornalista Andreas Ekstrom, que descobriu os documentos, revelou suas descobertas no jornal sueco "Sydsvenska Dagbladet". 
As reuniões do comitê do Nobel são feitas em segredo, mas os arquivos são liberados sempre 50 anos após cada premiação. O repórter Andreas Ekström analisou os documentos de 1961, liberados esta semana, e encontrou os motivos que levaram o júri a negar o prêmio a Lawrence Durrell, Robert Frost, Graham Greene, EM Forster e Tolkien. 
O ganhador naquele ano foi o iugoslavo Ivo Andric. Segundo o júri, a qualidade de Andric reside na "força épica com a qual ele traçou temas e retrata os destinos humanos retirados da história de seu país". 
Autor de livros de fantasia, Tolkien se tornou um dos escritores mais populares do século XX, influenciando artistas de várias áreas, da música ao cinema. O jurado Andres Osterling considera que ele "de forma alguma chega ao nível de narrativa de alta qualidade". Ekstrom diz que faz essa pesquisa há cerca de cinco anos e essa foi a primeira vez que viu o nome de Tolkien entre os indicados. 
Grahan Greene, que nunca ganhou um Nobel, ficou em segundo lugar na disputa de 1961. Na época, ele já havia publicado alguns de seus principais livros, como O Americano Tranqüilo e Nosso homem em Havana. 
Forster e Frost foram descartados por causa da idade, os dois tinham mais de 80 anos na época. Esse critério não é mais utilizado pelo júri do Nobel, que premiou a escritora Doris Lessing em 2007, quando ela tinha 87 anos.


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