Nossa sugestão de leitura da semana vai para um mangá.
Muitas pessoas criticam os mangás, achando que eles são puramente comerciais e vazios de conteúdo. Pois bem, lhes apresento Rosa de Versalhes (Versailles no Bara, no original).
O cenário é a França, antes e durante a Revolução Francesa. Existem três focos de narrativa: Maria Antonieta, a jovem rainha da frança e seu caso de amor com o conde sueco Axel von Fersen e a vida da personagem Oscar François de Jarjayes. O pai de Oscar, General Jarjayes, desesperado por não conseguir um filho (ele teve seis filhas), e decide criar a filha mais nova como um homem. Ele a treinou bem nas artes da esgrima, equitação, e combate medieval. Oscar muitas vezes praticava suas habilidades com seu melhor amigo, companheiro e (tecnicamente) servo, André Grandier, o qual ela quase sempre derrotava. André era o neto de sua babá e, portanto, passaram a maior parte da vida juntos; perto do fim da história, esta amizade se torna amor.
Oscar é a comandante da Guarda Real e responsável pela segurança de Marie Antoinette, assim como o resto da família real. A história gira em torno do crescente interesse de Oscar em como a França é governada e pelo sofrimento dos pobres. O caso de amor de Maria Antonieta também tem destaque já que o assunto era motivo de boatos por toda a França, pondo em risco a reputação da rainha e levando Oscar ao pedido do conde a deixar o país, para lutar ao seu lado na guerra pela independência da América.
O traço clássico de Shingo Araki (sim, o mesmo de Cavaleiros do Zodíaco), em conjunto com a rica pesquisa histórica da autora Ikeda Ryoko, tornam esse mangá Shoujo algo mais que "coisa de menina". O roteiro é rico, a história é envolvente e o tema central, a Revolução Francesa, chamam a atenção do leitor e o envolvem na atmosfera de aventura e emoção que corre em torno dessas duas mulheres, que lutaram, cada uma de sua forma, por seu país e por seus amores.
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Postado por Sarah Gabriela
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