Depois de fazer essa observação (perfeitamente sensata) em entrevista ao Wall Street Journal, o CEO do Google, Eric Schmidt, apresentou sua solução: daqui a algumas décadas, toda pessoa terá o direito de mudar legalmente de nome quando fizer 21 anos – para que todas as bobagens que postou, e que ficaram gravadas na internet, não possam mais ser associadas a ela. Segundo a reportagem do WSJ, Schmidt “aparentemente estava falando sério”.
Mais do que maluca, essa ideia é atemorizante – não porque vá ser colocada em prática (não vai), mas porque dá uma ideia da falta de noção e da prepotência com que o Google, ou pelo menos seu CEO, encara a sociedade. Muita gente teme que, no futuro, o Google possa usar seu conhecimento absoluto, sobre tudo e sobre todos, para se transformar numa força opressora. Será? Difícil dizer. Mas há sinais de que algo está mudando.
Primeiro, o Google decidiu usar banners para vigiar a navegação das pessoas na internet – coisa que teria provocado uma violenta discussão entre seus fundadores, Larry Page (supostamente a favor) e Sergey Brin (contra). Depois, o Google se manifestou contra a chamada neutralidade da rede – e anunciou, junto com a operadora de celular Verizon, um projeto que daria às empresas de telecom o poder de sabotar ou censurar sites e serviços que elas não aprovem. Uma medida injusta e absurda – e que o próprio CEO do Google costumava atacar fortemente.
Essa nova cara do Google, mais dura e egoista, tem levantado comparações com a Microsoft dos anos 90 – cujo poder brutal e absoluto acabou despertando a fúria do governo dos EUA, que quase acabou com a empresa. O Google é a nova Microsoft? Alguma coisa pior? Talvez não seja nada disso. Mas, com certeza, já não é o que era.
Mais do que maluca, essa ideia é atemorizante – não porque vá ser colocada em prática (não vai), mas porque dá uma ideia da falta de noção e da prepotência com que o Google, ou pelo menos seu CEO, encara a sociedade. Muita gente teme que, no futuro, o Google possa usar seu conhecimento absoluto, sobre tudo e sobre todos, para se transformar numa força opressora. Será? Difícil dizer. Mas há sinais de que algo está mudando.
Primeiro, o Google decidiu usar banners para vigiar a navegação das pessoas na internet – coisa que teria provocado uma violenta discussão entre seus fundadores, Larry Page (supostamente a favor) e Sergey Brin (contra). Depois, o Google se manifestou contra a chamada neutralidade da rede – e anunciou, junto com a operadora de celular Verizon, um projeto que daria às empresas de telecom o poder de sabotar ou censurar sites e serviços que elas não aprovem. Uma medida injusta e absurda – e que o próprio CEO do Google costumava atacar fortemente.
Essa nova cara do Google, mais dura e egoista, tem levantado comparações com a Microsoft dos anos 90 – cujo poder brutal e absoluto acabou despertando a fúria do governo dos EUA, que quase acabou com a empresa. O Google é a nova Microsoft? Alguma coisa pior? Talvez não seja nada disso. Mas, com certeza, já não é o que era.
Publicado originalmente no blog da Superinteressante
George Orwell - 1984.
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