Romances que utilizam os seres sobrenaturais apenas para atrair leitores ávidos por mais sangue e presas. A primeira impressão de "Jane Austen: A Vampira" é exatamente essa.
O que Michael Thomas Ford, autor do livro, faz na verdade é usar a tendência para criticá-la. Logo no início do livro conhecemos uma Jane Austen imortal, dona de uma livraria e extremamente entediada com o grupo de mulheres vestidas com trajes do século 18 reunidas para comentar as obras de Jane Austen.
Com bom humor, a escritora morta-viva é colocada em situações absurdas, nas quais encontra até "O Livro de Fitness de Jane Austen". Sob a identidade de Jane Fairfax, ela tenta publicar novamente um romance ao mesmo tempo em que vê suas obras na moda.
Por ser a "escritora do momento", é obrigada a vender na própria livraria bonecas suas, biografias, estudos sobre seus textos, livros de autoajuda e uma centena de outros títulos que tentam lucrar em cima de sua fama. Toda uma seção é dedicada ao tema, com "Razão e Sensualidade", um livro de massagens; "O Livro de Receitas de Jane Austen" e "Seja a verdadeira Elizabeth Bennet. Por Favor, Fique de Pé".
O evento que abre o livro é o lançamento de "Esperando pelo Sr. Darcy", um guia para ajudar as mulheres a encontrarem seu próprio herói de "Orgulho e Preconceito". A personagem chega até a elogiar o livro real "Orgulho e Preconceito e Zumbis", recomendando-o para seus clientes. Seu único problema é não poder receber direitos autorais por eles.
A crítica de Thomas Ford atinge até as adaptações para cinema e televisão. Como no trecho que faz alusão à série teen "Gossip Girl" :
Reuters
Autora Jane Austen é retratada como uma vampira dona de livraria
"Era fã da série Cherry High Gossip Club quando estava no ensino médio', Farrah revelou.
Jane reprimiu o riso. Os livros dessa série eram o que poderia haver de pior: tediosos e insípidos. A ação se concentrava em torno de um grupo de garotas que editavam uma revista de fofocas a respeito dos eventos de uma escola do ensino médio para ricos. Previsivelmente, a série vendeu milhões de exemplares, especialmente depois que um programa de tevê baseado nela tornou-se um sucesso."
Outras sátiras como esta são diluídas na história, como a sua briga literária com as irmãs Brontë, especialmente Charlotte, e seus fãs. As situações de seu cotidiano também geram riso enquanto o leitor acompanha a escritora trabalhar para tornar seu novo livro um best-seller, manter as aparências de um ser humano normal, beber sangue e resolver sua vida amorosa com um mortal e Lord Byron, o vampiro que a transformou.
Michael Thomas Ford já prepara uma continuação para "Jane Austen: A Vampira", intitulada "Jane Goes Batty" e sem data de publicação prevista.
O que Michael Thomas Ford, autor do livro, faz na verdade é usar a tendência para criticá-la. Logo no início do livro conhecemos uma Jane Austen imortal, dona de uma livraria e extremamente entediada com o grupo de mulheres vestidas com trajes do século 18 reunidas para comentar as obras de Jane Austen.
Com bom humor, a escritora morta-viva é colocada em situações absurdas, nas quais encontra até "O Livro de Fitness de Jane Austen". Sob a identidade de Jane Fairfax, ela tenta publicar novamente um romance ao mesmo tempo em que vê suas obras na moda.
Por ser a "escritora do momento", é obrigada a vender na própria livraria bonecas suas, biografias, estudos sobre seus textos, livros de autoajuda e uma centena de outros títulos que tentam lucrar em cima de sua fama. Toda uma seção é dedicada ao tema, com "Razão e Sensualidade", um livro de massagens; "O Livro de Receitas de Jane Austen" e "Seja a verdadeira Elizabeth Bennet. Por Favor, Fique de Pé".
O evento que abre o livro é o lançamento de "Esperando pelo Sr. Darcy", um guia para ajudar as mulheres a encontrarem seu próprio herói de "Orgulho e Preconceito". A personagem chega até a elogiar o livro real "Orgulho e Preconceito e Zumbis", recomendando-o para seus clientes. Seu único problema é não poder receber direitos autorais por eles.
A crítica de Thomas Ford atinge até as adaptações para cinema e televisão. Como no trecho que faz alusão à série teen "Gossip Girl" :
Reuters
Autora Jane Austen é retratada como uma vampira dona de livraria
"Era fã da série Cherry High Gossip Club quando estava no ensino médio', Farrah revelou.
Jane reprimiu o riso. Os livros dessa série eram o que poderia haver de pior: tediosos e insípidos. A ação se concentrava em torno de um grupo de garotas que editavam uma revista de fofocas a respeito dos eventos de uma escola do ensino médio para ricos. Previsivelmente, a série vendeu milhões de exemplares, especialmente depois que um programa de tevê baseado nela tornou-se um sucesso."
Outras sátiras como esta são diluídas na história, como a sua briga literária com as irmãs Brontë, especialmente Charlotte, e seus fãs. As situações de seu cotidiano também geram riso enquanto o leitor acompanha a escritora trabalhar para tornar seu novo livro um best-seller, manter as aparências de um ser humano normal, beber sangue e resolver sua vida amorosa com um mortal e Lord Byron, o vampiro que a transformou.
Michael Thomas Ford já prepara uma continuação para "Jane Austen: A Vampira", intitulada "Jane Goes Batty" e sem data de publicação prevista.
Publicado originalmente no site da Folha
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