O Fim do Circo de Ouro Preto

Em 2009 a justiça brasileira deu fim a um dos mais insólitos casos a irem a julgamento no país. Terminou no dia 05 de julho de 2009, por volta das 5h da manhã, o julgamento dos três acusados de matar uma estudante em Minas Gerais. Todos foram absolvidos. Chegava ao fim após oito anos de sensacionalismo, ignorância e má-fé, o caso que a impressa sensacionalista chamou de "O Caso RPG de Ouro Preto".

Vítimas de policiais, políticos e repórteres, mal informados ou mal intencionados, o caso; que para começar, nem devia ter ido a julgamento; durou oito anos e arruinou a vida dos quatro acusados.
As autoridades de Ouro Preto, movidas por puro preconceito e fanatismo religioso, prenderam quatro jovens que se quer conheciam a vítima.
Políticos mal intencionados e a mídia sensacionalista aproveitaram-se do caso para angariar votos e tapar buracos em suas pautas de programação. E a massa desinformada comprou a história como foi apresentada.

O papel da imprensa

Durante estes oito anos, poucos foram os meios de comunicação que demonstraram o mínimo compromisso com a verdade e busca pelos fatos. Uma rara excessão foi o site Observatório de Imprensa que desde 2005 apontava para as incongruências da acusação e para o comportamento inresponsável das demais mídias.
Os demais procuraram explorar ao máximo o caso mostrando os jogadores de RPG como satanistas sem nem sequer explicarem a população de que se tratave o jogo.

Com o fim do caso esperamos, sinseramente que a justiça brasileira cumpra seu papel de defender o cidadão e garantir seus direitos.

Durante o desenrolar das investigações um dos poucos veiculos de comunicação que teve uma postura profissional foi o site Observatório de Impressa. Além das materias citadas acima o site publicou diversos outros questionando o alarmismo e o sençacionalismo dos demais meios de comunicação:

Informar ou criar mitos?

Apologia ao satanismo? Onde?
A editora Daemon postou na época em seu site uma carta aberta a mídia onde exige formalmente um pedido de desculpas da imprensa brasileira a população.

No texto o autor relembra outros casos que foram associados ao RPG e que como este não chaegaram a nenhum relacionamento dos acusados ao jogo.

Em um pais que soufreu tando durante a ditadura com a censura aos meios de comunicação é inadimicível que a liberdade adquirida a tanto custo seja usada de maneira leviana como nesta materia do site O Globo que mesmo notificando a absolvisão dos réus tenta vincular o jogo de RPG ao crime.