A consolidação das histórias em quadrinhos (HQ) como forma de expressão social, cultural e artística, ao lado do cinema, artes plásticas, teatro e da literatura foi o tema do debate entre os artistas e quadrinhistas Romahs e Rafael Coutinho, em mais uma sessão do Tacacá Literário na tarde deste domingo (6), durante a 1ª Bienal do Livro Amazonas, que encerra hoje no Studio 5 Centro de Convenções.
Para ambos, assim como as demais manifestações citadas, o HQ tem sua própria linguagem visual, roupagem, textos e tempo de desenvolvimento entre um quadro e outro, o que o torna único.
“Quadrinhos não são literatura e vice-versa. Portanto, não pode haver qualquer competição entre os formatos”, argumentou Coutinho, artista plástico, filho de um dos principais nomes do HQ brasileiro de todos os tempos – Laerte, e autor, entre outros trabalhos, do story board do filme “Bicho de sete cabeças” e das obras “Bang Bang”, “Contos dos irmãos Grimm” e “Cachalote”.
Sobre a adaptação de clássicos da literatura para o formato quadrinhos, o parintinense Romahs afirmou que a qualidade do trabalho depende, assim como em outros tipos de adaptação, dos profissionais envolvidos.
“É quase unânime a opinião das pessoas que, ao comparar um livro com o filme baseado na obra original, preferem o livro. A mesma coisa acontece com o HQ, tem adaptações que ficaram boas e outras nem tanto”, avaliou o artista que, entre outras referências, é cartunista e chargista do jornal A Crítica e roteirista da Turma da Mônica, de quem recebeu vários elogios de Mauricio de Souza em recente entrevista.
Coutinho e Romahs também concordaram que o mercado brasileiro está em expansão e que o histórico dos quadrinhos produzidos no País tem um perfil mais político e social do que infantil.
Postado originalmente no blog da Secretaria de Cultura do Amazonas
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